quarta-feira, 17 de junho de 2015

Raízes da vida

Um homem, a árvore e o espinho.
Da raiz do improvável até a margem do desconhecido.
Destino traçado de sangue.
Da fonte da vida, da fonte do sonho.
Poeira que vira caminho.
Um silêncio constante, vira tiro de alivio.
Mas do grito de salvação frustrante
desmancha na noite em forma de mandante.


Da dor que percorre a espinha
do homem de árvore de casca vazia.
A mente ampla e maligna
transforma doce em resto de alegria.
E o beijo profundo de um artista
desenha a esperança na argila fundida.
Construindo um castelo de encanto
com gosto de amor e cheiro de espanto.


A agonia que mastiga a veia 
que come a rotina e que desenha a olheira.
Do medo de um novo inimigo
que chuta com pedra e berra com vidro.
Da falta de um tempo contínuo
que aumenta a saudade da mão do menino.
E as folhas do galho da vida
Protege o homem da sua própria ferida.


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