Queria ser o seu guardador de segredos, prende-los comigo e enterrá-los em meus braços.
Você me entregou muito mais, despejou problemas, preocupações, sonhos e pesadelos.
Andei sobrecarregado pelas ruas íngremes banhado por faróis e gotas de suor do céu.
Não sabia como lidar com a vida de alguém que eu amo tanto, apenas com duas mãos.
E nas ondas da minha imaginação eu te fiz voar, livre, sem grades ou pregos.
Com um sorriso de tirar o fôlego e a razão, me apoiei nas suas asas e cai no mar.
Agora eu sei o que é morrer no amor e viver pra sempre.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Amanhã já vem
Ali de volta na terra firme
Meio cinzenta no final do filme
A bota esmaga sem dó o germe
O preto se joga totalmente inerme
A fé que antes era um mar de verdade
Hoje se desfaz atrás do homem covarde
Cansado de sofrimento e falta de vaidade
No chão sujo se vê com cada vez mais idade
O sol que se faz como um gigante presente
Maltrata o pobre com socos ardentes
Tita-lhe a pele de forma aridamente
E abandona a carcaça em aguardente
Fecha os olhos o sobrevivente aflitivo
Refletindo o sentido de ainda estar vivo
Com a mão rasgada ultrapassa a terra morta
E entendi que ali renascera a sua horta
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Eramos simples assim
Ficávamos trancados ouvindo nossas besteiras, lutando contra o sono e se afogando em lembranças efêmeras.
Discutíamos por nada, quebrávamos palavras e distribuía ofensas.
Viajávamos em um avião de papel brincando com o céu frio de uma tarde qualquer.
Navegávamos em uma rede no mar de brincadeiras, desfrutando a maresia de um ventilador.
Adorávamos rir, sem pressa e sem sentido, como grandes amigos sem nenhuma obrigação.
Hoje te vejo com um olhar de recordação, não seguro a sua mão, mas sei que ela esta vazia.
Talvez seja orgulho ou medo de conversar e descobrir que as ondas desse mar já viraram um tufão.
Carrego a consciência que temos diferentes opiniões e que a sua salvação é bem diferente da minha.
Já não somos tão simples assim, eu trabalho chorando aqui e você se esconde em poças de magoas.
Discutíamos por nada, quebrávamos palavras e distribuía ofensas.
Viajávamos em um avião de papel brincando com o céu frio de uma tarde qualquer.
Navegávamos em uma rede no mar de brincadeiras, desfrutando a maresia de um ventilador.
Adorávamos rir, sem pressa e sem sentido, como grandes amigos sem nenhuma obrigação.
Hoje te vejo com um olhar de recordação, não seguro a sua mão, mas sei que ela esta vazia.
Talvez seja orgulho ou medo de conversar e descobrir que as ondas desse mar já viraram um tufão.
Carrego a consciência que temos diferentes opiniões e que a sua salvação é bem diferente da minha.
Já não somos tão simples assim, eu trabalho chorando aqui e você se esconde em poças de magoas.
domingo, 11 de janeiro de 2015
O que eu posso fazer
Gostaria de colorir essas paredes brancas com você. Tirar essas águas da tinta e deixar o mais belo brilho natural das cores vibrantes que você conquistou com o tempo. Infelizmente eu não tenho esse poder e fico sentado no meu banquinho de madeira crua arrancando fiapos ao esmo, procurando argumentos que te levante desse chão sujo. Gostaria de encontrar uma forma de te dizer o quanto eu admiro a sua estrada pintada de giz. Esse esforço tremendo de colocar detalhes com tão pouco.
Você que recebeu a visita da moça do véu preto mais cedo que o normal, inchou os seus olhos azuis de sofrimento, e limpou o piso molhado para evitar escorregar tanto em suas magoas. Mesmo assim te admiro com um pincel na mão recém molhado pensando sobre como refazer essa bagunça colorida de encontros e despedidas, de traições e omissões, de insônia e frustração. Com os olhos apaixonados, os pés em carne viva e um sorriso vermelho no canto da boca. E eu? Carrego a sua tinta, tentando diminuir o peso da sua cor.
Você que recebeu a visita da moça do véu preto mais cedo que o normal, inchou os seus olhos azuis de sofrimento, e limpou o piso molhado para evitar escorregar tanto em suas magoas. Mesmo assim te admiro com um pincel na mão recém molhado pensando sobre como refazer essa bagunça colorida de encontros e despedidas, de traições e omissões, de insônia e frustração. Com os olhos apaixonados, os pés em carne viva e um sorriso vermelho no canto da boca. E eu? Carrego a sua tinta, tentando diminuir o peso da sua cor.
sábado, 10 de janeiro de 2015
Segredos para corujas
Eu sinto que a maior pedra do mundo caiu sobre o meu
coração. Uma sensação de perda por alguém que de fato nunca existiu. Será que é
assim que a minha consciência resolveu me apresentar os sentimentos do mundo?
Antes eu tivesse deixado essa tarefa para Drummond.
O medo de viver é que me impede de ser feliz, ele me segura no alto da
montanha, me mostra a paisagem, mas não me deixa fazer parte dela. Do que vale
o conhecimento adquirido demarcado nas orelhas dos meus livros, se eu não posso
dividi-lo na orelha alheia? Mas no fundo eu sei que esse poço é raso e que já
não temos tanto a perder. De todos os sentimentos guardados na minha caixinha
do tempo prefiro usar a esperança, pois ela só me revela o futuro dos meus
sonhos. Dos meus sonhos acordados.
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