terça-feira, 27 de maio de 2014

(!)?

Organizando os sentimentos em palavras embaralhadas e mal acentuadas, você se identifica com a minha maneira de tentar transformar carvão em diamante. Você me assusta com tanta atenção aos meus devaneios, me deixa nervoso com tanta perfeição em seus rascunhos e me faz rir diante de nossas historias malucas evidenciadas em uma conversa de portão. O que somos? Nem nós mesmos sabemos. Talvez você seja a pontuação correta na minha desregrada ortografia, ou eu sou a trema que não aceita ser excluída, e continuo a andas sobre suas palavras. Mesmo que eu caia e fique na vertical e vire “dois pontos”, não ligarei de te ajudar em exemplos ou ser o leque que abre para outras opções. Pois sei que neste amontoado de palavras sem nexos, nós nunca teremos um ponto final

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eclipse

Mal podendo enxergar por conta da luz do sol que resolveu-me prender em um momentâneo eclipse, sinto apenas a sua presença. Uma mão em meu ombro me mostra que por uma questão de tempo eu não estava sozinho… Como sempre. Me viro e me deparo com uma sombra, sua formosa silhueta me agrada, as mão trêmulas, respiração ofegante, sabíamos que era o último encontro. Eu fiz perguntas, você não as respondeu, pelo menos não da maneira de que eu gostaria. Me senti indefeso como um ser que acabou de vim para o mundo sem saber o porquê. Começamos a relembrar, eu dava gargalhadas com gosto salgado das minhas lágrimas que estavam em perfeita sincroniza com as batidas do meu coração.
Uma brisa, um último suspiro, um beijo eterno e um olhar sentido. Aquele fim era tão previsível e tão inesperado que dava medo. Um medo cheio de significados confusos e irônicos. O eclipse acabou, a sombra acabou, as lágrimas secaram e por fim… O fim.