Quero força, quero
inteligência, quero mudar uma consciência.
Faça justiça, faça
acontecer, faça a humanidade amanhecer.
Faça dor, faça
sangrar, apenas quando a covardia te chamar.
Uma grande viagem me
aguarda, o meu sonho esta prestes a virar realidade. Anos batalhando para tudo
dar certo, me encontro com ela para contar a notícia e ela chora desânimo em
cima dos meus pés. Amor? Não, inveja! Andou sempre ao meu lado para colocar o
pé na minha frente para eu cair.
Quero ajuda, quero
um abraço, alguém para amarrar o meu cadarço.
Naquela noite ela já
não sabia o que fazer. Ver a vida virar ao contrário para o lado da morte, e não
poder fazer nada foi demais. Aquela criança que saiu do seu próprio ventre
acaba de tirar os sonhos de um jovem com uma arma. Mão tremula, coração
desesperado, olhos arregalados. É o fim.
Quero força, quero
inteligência, quero mudar uma consciência.
Contra pensamentos
negativos e antigos, ele se põe à prova para comprovar sua teoria. Uns dizem
que é falta de moral e outros de ética, mas ele sabia que para mudar uma
opinião seria preciso muito mais que coragem e um terno. Mesmo condenado e
trancafiado com a sua solução, ele soluçou seu discurso por toda a noite.
Faça justiça, faça
acontecer, faça a humanidade amanhecer.
Apesar de conselhos
e preocupações, ele se envolveu com o perigo. Se antes a adrenalina era a sua
amiga, agora virou uma cobra traiçoeira que lhe picou e cuspiu veneno em seu
rosto. Para provar lealdade a um homem sem amigos é preciso matar o seu
inimigo. E tirando aquela vida inocente, ele lavou o veneno da cobra e jogou a
mulher que lhe pôs no mundo à escuridão da vergonha.
Faça dor, faça sangrar,
apenas quando a covardia te chamar.