sábado, 1 de março de 2014

Perda

Dos sonhos mais lindos me restaram o sono
Da fé mais confortável me sobrou as dúvidas
Das palavras mais belas recuperei algumas letras
Das lagrimas mais doloridas não me restou nenhuma gota.

O que me foi ensinado foi inútil, pois não foi vivido antes para ver se era o certo. Mudei escolhas, perdi pessoas, para descobrir que o meu rascunho era o meu triunfo. O que fazer quando se perde uma poesia? O que fazer quando se erra uma melodia? O que fazer quando se deita por sobre a vida? Interpretei meu eu ao contrario na peça que me pregaram. Fui traído pelo meu próprio sorriso forçado diante ao espelho, me escondi no reflexo de minha herança, cresci de baixo da minha cama e não percebi que uma hora a madeira não ia aguentar. E tudo foi embora: a madeira, o sorriso, a poesia, as lagrimas, as palavras, a fé, os sonhos e você!

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