domingo, 9 de março de 2014

Cinzas

Com a cabeça meio aberta e os olhos em chamas, minha caneta se põem a compor a valsa da morte. Calculando cada diâmetro do circulo de suas ações, estou prestes é reescrever sua historia. Sem a magia da ética que te protege, sem armadilhas de bom senso que me perseguem, sem remorso, sem escrúpulos, cem rascunhos ao lixo. Uma elaboração sem erros nasce em um dia que falece com o pôr do sol. Fora do clichê cinematográfico e dos impulsos homicidas da improvisação, em uma folha sem linhas surge um roteiro maravilhoso, que não desconsidera a sua astucia, porém, consegui ir além da sua perspicácia. Um confronto letal não divulgado, sem regras e sem volta.

Um motivo? Tenho mil deles, entretanto, a maioria não faz sentido. Tudo é apenas um desabafo de uma alma que cansou de apanhar de sentimentos contidos. Sua sentença é a minha liberdade para uma outra prisão suicida. Diante de uma trincheira, almejo que o seu corpo seja o meu ponto de partida para uma bandeira branca, mesmo que esteja manchada de sangue.

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