Eu sinto que a maior pedra do mundo caiu sobre o meu
coração. Uma sensação de perda por alguém que de fato nunca existiu. Será que é
assim que a minha consciência resolveu me apresentar os sentimentos do mundo?
Antes eu tivesse deixado essa tarefa para Drummond.
O medo de viver é que me impede de ser feliz, ele me segura no alto da
montanha, me mostra a paisagem, mas não me deixa fazer parte dela. Do que vale
o conhecimento adquirido demarcado nas orelhas dos meus livros, se eu não posso
dividi-lo na orelha alheia? Mas no fundo eu sei que esse poço é raso e que já
não temos tanto a perder. De todos os sentimentos guardados na minha caixinha
do tempo prefiro usar a esperança, pois ela só me revela o futuro dos meus
sonhos. Dos meus sonhos acordados.
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