Meio cinzenta no final do filme
A bota esmaga sem dó o germe
O preto se joga totalmente inerme
A fé que antes era um mar de verdade
Hoje se desfaz atrás do homem covarde
Cansado de sofrimento e falta de vaidade
No chão sujo se vê com cada vez mais idade
O sol que se faz como um gigante presente
Maltrata o pobre com socos ardentes
Tita-lhe a pele de forma aridamente
E abandona a carcaça em aguardente
Fecha os olhos o sobrevivente aflitivo
Refletindo o sentido de ainda estar vivo
Com a mão rasgada ultrapassa a terra morta
E entendi que ali renascera a sua horta
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