quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Sorriso leviano

Bolso, tempo e coração rasgado.
Vida inteira pela metade do limite.
A mulher que me ajuda cai em prantos.
Apunhalei ela pelas costas igual uma rosa que esconde os seus espinhos.
Chora com gosto pelo desgosto da vida.
Eu não choro mais. Não consigo.
Os sentimentos que me levava ao escorrer das minha lágrimas evaporaram com o passar do tempo.


Mais eu ainda sofro. 

Não pra você. 
Só por você.

E pelas bombas da desordem monetaria, pela hipocrisia da sua felicidade, por não conseguir dar uma abraço em quem precisa,
pela prisão da carreira conquistada, pela chance de ser melhor que alguém, pelos orgulhos que posso ferir, pelos segredos que me sufocam,
pelo desprezo inconsciente da pessoa que eu amo e pela redundância de afogar os problemas em palavras em vez de ações.
Ainda o meu rosto esta seco. Afirmo isso com um sorriso leviano.

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