segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eclipse

Mal podendo enxergar por conta da luz do sol que resolveu-me prender em um momentâneo eclipse, sinto apenas a sua presença. Uma mão em meu ombro me mostra que por uma questão de tempo eu não estava sozinho… Como sempre. Me viro e me deparo com uma sombra, sua formosa silhueta me agrada, as mão trêmulas, respiração ofegante, sabíamos que era o último encontro. Eu fiz perguntas, você não as respondeu, pelo menos não da maneira de que eu gostaria. Me senti indefeso como um ser que acabou de vim para o mundo sem saber o porquê. Começamos a relembrar, eu dava gargalhadas com gosto salgado das minhas lágrimas que estavam em perfeita sincroniza com as batidas do meu coração.
Uma brisa, um último suspiro, um beijo eterno e um olhar sentido. Aquele fim era tão previsível e tão inesperado que dava medo. Um medo cheio de significados confusos e irônicos. O eclipse acabou, a sombra acabou, as lágrimas secaram e por fim… O fim.

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